sábado, 22 de janeiro de 2011

Lágrimas na chuva.

Deixarei minhas lágrimas como lembrança no portão, toda vez que um coração para mim se fechar. Toda vez que um grande amor acabar.
Me banharei neste mar de desilusões salgadas, que escorrem por minhas faces.
Soluçarei minhas dores enquanto a chuva cai na calçada, confundindo-se às lágrimas.
Que bom que chove, assim quem passa não percebe que estou chorando.
Quero mais é derramar um milhão de lágrimas, gotas de chuva de minh'alma.
Abrir sulcos na pele, como se a erosão da dor rasgasse meu rosto.
E a neblina, umedecendo a blusa, enquanto a dor sufoca a respiração.
Me entrego ao pranto e nem percebo por onde estou indo. Não importa.
Ninguém me espera em lugar nenhum!
Fiquei com a chuva e as lágrimas que, unidas em meus olhos, escorrem sobre meu corpo inteiro e só fazem aumentar a dor.
Quantos de nós conseguem enfrentar sua própria dor?
Quem consegue suportar a perda de um grande amor?
Entregue à chuva e às lágrimas, enfrento a derrota e sigo... Devo continuar andando...
A chuva vai passar. O pranto cessará.
Quem sabe, num outro dia de sol, encontremos novo amor.
Ou, cada vez que a chuva vier, a gente chore esse amor perdido.
O que não podemos é desistir do AMAR, por que pior do que sofrer por amor, é manter dentro de si um CORAÇÃO VAZIO.