segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pedagogia da autonomia


PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
                Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para sua própria produção ou construção.
                Devemos buscar caminhos que liguem a vida cotidiana da sala de aula com uma linha de educação. Unir conteúdo, metodologia e conhecimento numa relação entre teoria e prática e nunca na idéia de “ensino bancário”, onde apenas depositaremos no aluno um saber necessário.
                Temos que trabalhar com nossas questões (salários, recursos, cobranças),  mas não permitir que os pontos subjetivos (formação de valores, vontade política e a própria concepção do processo de conhecimento) sejam esquecidos e/ou anulados.  Eleana M. Roloff.           LEITURA AUXILIAR: Pedagogia da Autonomia – Saberes necessários à prática educativa – Paulo Freire.

domingo, 1 de julho de 2012

.Do chimarrão ao MSN. Apocalípticos ou integrados?


Eleana Margarete Roloff* – IFSul -  01.07.2012

            A descoberta da escrita e da leitura revolucionou a vida dos homens. Com as novas tecnologias de comunicação podemos transformar radicalmente nossas práticas de convivência. As mídias, cada vez mais acessíveis à população, propiciam estas comunicações instantâneas entre todos os povos e línguas mundiais. Esta modernidade acelerada surpreende aqueles que ainda não estão conectados, plugados, à margem da internet. Aonde a globalização ainda não chegou, por motivos econômicos nas camadas mais pobres da população ou nos interiores do nosso Brasil, devido às enormes distâncias e/ou falta de programas educacionais de estímulo, ela causa desconfiança e medo. Os mais jovens, deslumbrados, acreditam ser esta a solução para todos os problemas da raça humana. Os mais velhos, céticos, duvidam de tudo, porque acreditam que esse uso exagerado causa males irreparáveis. Entre esses dois grupos situam-se os acríticos, pessoas que acreditam que o ser humano e a tecnologia, juntos, desenvolvem novas técnicas que criam possibilidades multiplicadas aos homens.
            A análise, dentro do nosso contexto diário, encontra os três grupos. Uma pessoa que, com medo das tecnologias, defende que o melhor diálogo é aquele desenvolvido com contato físico, olho no olho, na roda de chimarrão e não aceita toda essa modernização: “_ No meu tempo, não existiam essas bobagens!”; os mais jovens, que passaram a ter viveres conectados à internet, como se fosse seu cordão umbilical: “_ Se ficar sem internet morrerei!”; e, nós, educadores, formadores de opinião, a quem cabe o papel de mediadores acríticos desta situação. Temos que estabelecer medidas de relação com as mídias, demonstrando aos mais velhos que todas as tecnologias podem e devem ser usadas em benefício do ser humano, como no caso de descobertas de remédios, vacinas e novas técnicas de cirurgias, por exemplo. E, aos jovens, deixar claro que todo esse desenvolvimento tecnológico deve ser utilizado de maneira responsável, pois o construtivismo não aceita mais a separação da tecnologia e da sociedade.
            Entre um chimarrão e outro, vou ao banheiro e utilizo o vaso sanitário. Já pensou o que seria de nossas vidas sem este precioso objeto? Faço os trabalhos da faculdade, digito, salvo, imprimo ou mando via e-mail   para pessoas bem distantes. Entre o chimarrão e o MSN, ainda resta um tempo de escrever um bilhete para minha filha dizendo ‘eu te amo’. O melhor de tudo isso é poder circular por diferentes grupos, me comunicar com eles, aceitar as diferenças e criar novas possibilidades. Agora, preciso terminar. Vou fazer um mate doce e mandar este trabalho para minha professora no fórum do meu curso de Educação à Distância (EAD). Perceberam como é possível circular entre todos os ambientes sem problemas?
*Chimarrão: bebida típica do RS. Mate doce: Chimarrão com chá e açúcar.

*Eleana Margarete Roloff, bolsista do PROUNI, graduanda da Faculdade de Letras, PUCRS, 8º semestre. Em 01/07/2012.